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No início da temporada de Fórmula 1 desse ano o grande protagonista foi o difusor de ar, a polêmica foi grande e muita gente ouviu falar sobre o assunto, mas poucas pessoas entenderam do que se tratava e do peso desse adereço aerodinâmico para o campeonato... Pois bem, vamos explicar como ele funciona e o porquê dele estar garantindo o título de campeão de construtores para a Brawn GP.
Difusor é um componente aerodinâmico que permite aumentar a velocidade com que o ar passa por baixo de um automóvel, conferindo maior estabilidade. Tomadas de ar na parte frontal do veículo recolhem o fluxo contrário ao carro e o despejam numa câmara espaçosa, na qual o vento tem que percorrer um caminho maior. É um artifício aerodinâmico para "grudar" o carro na pista e compensar a perda de pressão aerodinâmica causada pelas recentes mudanças nas asas traseiras e dianteiras feitas pelo regulamento do campeonato.
A idéia básica do difusor de ar ancora-se no Princípio de Bernoulli e usa, de forma inteligente, o próprio assoalho do carro como elemento aerodinâmico, como uma "asa invertida" e, conduzindo o fluxo de ar através de canaletas, produz o efeito de uma down force, uma força para baixo que ajuda a "grudar" o carro no solo. Na prática o ar é coletado em movimento e guiado por canaletas cuja saída podem ser vistas nas ilustrações abaixo. A Ferrari e Renault, por exemplo, projetaram difusores mais "conservadores". Não abusaram do regulamento e o resultado final pode ser visto na ilustração abaixo.
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"É como se fosse uma asa de avião ao contrário, que empurra o objeto para baixo e não para cima. O ar percorre um caminho maior sob o assoalho do que sua trajetória sobre ele. Isso gera um efeito adicional às asas dianteira e traseira", explica ao Terra o engenheiro mecânico Daniel Trigo.
O downforce
"Downforce, como o próprio nome diz, é a força em direção ao solo. É como se aumentasse o peso do carro. Isso permite maior velocidade nas curvas, porque gera mais aderência. Nas retas até atrapalha um pouco, porque é como se o carro estivesse mais pesado", afirma o engenheiro mecânico Antônio Franzoni.
No pacote de mudanças de regras da FIA para a temporada 2009 da F1, uma série de determinações reduziram em até 50% o downforce, também chamado de "efeito-solo". Entre as novas normas, um difusor menor do que o utilizado no ano passado. Regulamentações como esta não são novidade na Fórmula 1. A Lotus de 1979 foi a primeira a se beneficiar do efeito-solo, quando o projetista Colin Chapman desenvolveu um assoalho inteiro para aumentar o efeito-solo. A entidade máxima do automobilismo logo proibiu o uso desse tipo de assoalho. A maneira que as equipes encontraram para compensar isto foi a criação do difusor. Quanto maior ele for, mais downforce e mais parecido ele será com o primeiro projeto de Chapman.
O difusor da Brawn GP
Os projetistas da Toyota e da Williams encontraram uma maneira de criar um canal a mais para a saída de ar e, assim aumentaram o tamanho dos seus difusores. Parte da própria carroceria do carro é utilizada, fazendo com que o componente seja um pouco mais alto que o das concorrentes. O carro da Brawn GP se utilizou da mesma brecha nas regras. Entretanto, ela consegue ainda um efeito maior ao fazer com que o ar saia por cima de uma pequena "asa", aumentando ainda mais a pressão aerodinâmica.
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O jornal Espanhol Marca explica graficamente o funcionamento, vale à pena dar uma olhada clicando aqui.
Um comentário:
Até que enfim tu postou o que eu queria
bjuss
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